Embora tenha passado por várias modalidades no decorrer dos tempos, o carnaval tem suas origens em eras remotas. Nasceu no Egito há mais de 2.000 anos antes de Cristo.
Na antiga Roma, no dia 15 de fevereiro, realizavam-se danças em honra a "Pã", danças estas chamadas de "lupercais", e os gregos festejavam Baco. Era hábito, entre gregos e romanos, dedicar vários dias do ano à festas de contentamento e manifestação de liberdade. Tal como hoje, considerava-se necessário e conveniente para que o povo pudesse desencadear seus instintos naturais. Assim eram, por exemplo, as "saturnais" de Roma, a festa das sementeiras em que se festejavam a abundância da terra. Também os povos germânicos, que invadiram o Império Romano, possuíam festas do mesmo gênero. E da combinação de uma e outra e que resultou o "carnaval"como conhecemos hoje. A Igreja Católica Apostólica Romana, que herdou o poder do Império Romano, aceitou tolerar a festa como uma compensação prévia das mortificações impostas pela quaresma.
No início, os cristãos começavam as festividades do carnaval a 25 de setembro, compreendendo os festejos de Natal, Ano Novo e reis. Usavam-se disfarces e eram realizados jogos. Roma proibiu por longo tempo o carnaval na Gália, tais foram os abusos cometidos. No começo do cristianismo, foram dadas novas orientações a estas festividades, com severas punições aos que se excedessem.
Os bailes de máscaras datam da corte de Carlos VI e num desates bailes ele foi assassinado. O carnaval começa a 26 de dezembro (antigo calendário romano) com a festa de S. Estêvão e em festas religiosas como a Epifania se usavam máscaras. No século XVIII, as damas elegantes de Veneza e Florença usavam-nas como arma de sedução.
Os bailes de fantasia da Opera de paris, instituídos em 1715, deram grande realce aos festejos, na França. Por volta de 1799, em seguida á grande Revolução Francesa, vieram os mesmos a ter extraordinário brilho após haverem entrado em declínio. Durante muito tempo, em Nice ao Sul da França, o carnaval teve cunho mais popular. Ainda hoje é muito famoso por lá. O Uso generalizado das máscaras deve-se à influência italiana, principalmente da cidade de Veneza.
No Rio de Janeiro, o carnaval é uma festa essencialmente popular. A princípio havia certas brincadeiras violentas, chamadas então de "entrudo". Era costume carregar as pessoas e com grande algazarra atirá-las em tanques ou tinas num inesperado banho forçado. Outra brincadeira, muito comum e não menos desagradável, consistia em despejarem, dos sobrados, baldes de água sobre os foliões que passavam. Estes costumes provocaram muita revolta e as autoridades agiram para coibir a prática. Surgiram, então, os "limões de cheiro", antepassados do lança-perfume, que eram água perfumada acondicionadas em pequenas esferas de cera. Muitas famílias ganhavam dinheiro produzindo as pequenas esferas que eram vendidas no carnaval.
Entretanto esses perfumes molhavam e manchavam a roupa, o que era muito desagradável para quem estava feliz e festejando. Foram, então, substituídos por bisnagas que, finalmente, deram origem aos lança-perfumes. Estes últimos tinham substância tóxica (éter), em sua composição, que viciava e intoxicava, e também foram proibidos. A par das batalhas de limões-de-cheiro e lança-perfumes, perambulavam mascarados pelas ruas divertindo o público com suas zombarias e trotes. Existiam grupos de foliões organizados. Entre os "democráticos", os "Fenianos", os "Tenentes do Diabo", que não poupavam esforços para angariar aplausos do público. Vinham em grandes "cordões", que zabumbavam pelas ruas, dando lugar aos "ranchos", cada um procurando esmerar-se mais e mais nas suas composições alegóricas, nas canções e nos bailados. Para os bailes carnavalescos, abriam-se os mais belos salões, com prestígio das autoridades, que sediavam as casas de espetáculos. As festas que precediam a recepção do Rei Momo eram outro acontecimento que servia de pretexto para expansões carnavalescas.
Ele chagava ao Rio de Janeiro no sábado que antecedia o tríduo carnavalesco. Desembarcava na Praça Mauá, percorria a Avenida entre aclamações e, na escada do Palácio das Festas, finalmente recebia a chave simbólica da cidade para os três dias de folia. Com este ritual dava-se o início ao carnaval oficial.
As músicas que movimentavam o carnaval em sua origem eram as valsinhas, as polcas, os landus, as quadrilhas, as mazurcas e outras até 1908, quando apareceram as marchinhas. Só em 1917 surgiu o samba carioca, que consagrou verdadeiramente os folguedos de rua e salões.
O Rio de Janeiro goza fama internacional de apresentar o melhor carnaval do mundo. Luxuosas fantasias, que custam milhares de reais, são preparadas e exibidas pelas escolas de samba ou em bailes de clubes socialmente categorizados. A figura máxima do carnaval é o Rei Momo, que apareceu pela primeira vez no Rio de Janeiro no dia 18 de fevereiro de 1855, às 15 horas, com o nome de "Deus Momo". Somente em 1932, graças a uma iniciativa do jornal "A Noite" é que surgiu o primeiro "Rei Momo", que naquele ano era um boneco de massa feito pelo artista Colombo, do Rio de Janeiro. Durante 14 anos, o jornalista Nelson Nobre reinou como o Momo oficial do Rio de Janeiro.
O frevo alucinação do carnaval pernambucano, é uma dança de rua e de salão. É uma manifestação popular que atinge quase a totalidade do povo. Trata-se de uma marcha de ritmo sincopado, obsedante e frenético, que é sua principal característica. E a multidão ondulante nos meneios da dança, fica a ferver. Foi dessa ideia de fervura que surgiu o nome de "frevo", segundo opinião de Luiz Câmara Cascudo, outros autores dizem que o "frevo" ainda não tem origem definida. A coreografia dessa dança de multidão e, curiosamente, individual. Centenas de dançarinos, ao som da mesma música excitante, dançam de maneira diversificada. A presença do frevo nos salões, nos clubes carnavalescos é posterior a 1917. No carnaval carioca ele surgiu, pela primeira vez, em 1935 com a exibição do famoso grupo intitulado "Vassourinhas". O sucesso foi imediato.
O Brasil é um país de grandes folguedos populares, muitos já tradicionais, e o carnaval tornou um negócio que movimenta milhões de dólares e reais, além de dar emprego a um grande número de pessoas durante o ano todo.
Os bailes de máscaras datam da corte de Carlos VI e num desates bailes ele foi assassinado. O carnaval começa a 26 de dezembro (antigo calendário romano) com a festa de S. Estêvão e em festas religiosas como a Epifania se usavam máscaras. No século XVIII, as damas elegantes de Veneza e Florença usavam-nas como arma de sedução.
Os bailes de fantasia da Opera de paris, instituídos em 1715, deram grande realce aos festejos, na França. Por volta de 1799, em seguida á grande Revolução Francesa, vieram os mesmos a ter extraordinário brilho após haverem entrado em declínio. Durante muito tempo, em Nice ao Sul da França, o carnaval teve cunho mais popular. Ainda hoje é muito famoso por lá. O Uso generalizado das máscaras deve-se à influência italiana, principalmente da cidade de Veneza.
No Rio de Janeiro, o carnaval é uma festa essencialmente popular. A princípio havia certas brincadeiras violentas, chamadas então de "entrudo". Era costume carregar as pessoas e com grande algazarra atirá-las em tanques ou tinas num inesperado banho forçado. Outra brincadeira, muito comum e não menos desagradável, consistia em despejarem, dos sobrados, baldes de água sobre os foliões que passavam. Estes costumes provocaram muita revolta e as autoridades agiram para coibir a prática. Surgiram, então, os "limões de cheiro", antepassados do lança-perfume, que eram água perfumada acondicionadas em pequenas esferas de cera. Muitas famílias ganhavam dinheiro produzindo as pequenas esferas que eram vendidas no carnaval.
Entretanto esses perfumes molhavam e manchavam a roupa, o que era muito desagradável para quem estava feliz e festejando. Foram, então, substituídos por bisnagas que, finalmente, deram origem aos lança-perfumes. Estes últimos tinham substância tóxica (éter), em sua composição, que viciava e intoxicava, e também foram proibidos. A par das batalhas de limões-de-cheiro e lança-perfumes, perambulavam mascarados pelas ruas divertindo o público com suas zombarias e trotes. Existiam grupos de foliões organizados. Entre os "democráticos", os "Fenianos", os "Tenentes do Diabo", que não poupavam esforços para angariar aplausos do público. Vinham em grandes "cordões", que zabumbavam pelas ruas, dando lugar aos "ranchos", cada um procurando esmerar-se mais e mais nas suas composições alegóricas, nas canções e nos bailados. Para os bailes carnavalescos, abriam-se os mais belos salões, com prestígio das autoridades, que sediavam as casas de espetáculos. As festas que precediam a recepção do Rei Momo eram outro acontecimento que servia de pretexto para expansões carnavalescas.
Ele chagava ao Rio de Janeiro no sábado que antecedia o tríduo carnavalesco. Desembarcava na Praça Mauá, percorria a Avenida entre aclamações e, na escada do Palácio das Festas, finalmente recebia a chave simbólica da cidade para os três dias de folia. Com este ritual dava-se o início ao carnaval oficial.
As músicas que movimentavam o carnaval em sua origem eram as valsinhas, as polcas, os landus, as quadrilhas, as mazurcas e outras até 1908, quando apareceram as marchinhas. Só em 1917 surgiu o samba carioca, que consagrou verdadeiramente os folguedos de rua e salões.
O Rio de Janeiro goza fama internacional de apresentar o melhor carnaval do mundo. Luxuosas fantasias, que custam milhares de reais, são preparadas e exibidas pelas escolas de samba ou em bailes de clubes socialmente categorizados. A figura máxima do carnaval é o Rei Momo, que apareceu pela primeira vez no Rio de Janeiro no dia 18 de fevereiro de 1855, às 15 horas, com o nome de "Deus Momo". Somente em 1932, graças a uma iniciativa do jornal "A Noite" é que surgiu o primeiro "Rei Momo", que naquele ano era um boneco de massa feito pelo artista Colombo, do Rio de Janeiro. Durante 14 anos, o jornalista Nelson Nobre reinou como o Momo oficial do Rio de Janeiro.
Pinturas em pastel - Romeo Zanchett
O frevo alucinação do carnaval pernambucano, é uma dança de rua e de salão. É uma manifestação popular que atinge quase a totalidade do povo. Trata-se de uma marcha de ritmo sincopado, obsedante e frenético, que é sua principal característica. E a multidão ondulante nos meneios da dança, fica a ferver. Foi dessa ideia de fervura que surgiu o nome de "frevo", segundo opinião de Luiz Câmara Cascudo, outros autores dizem que o "frevo" ainda não tem origem definida. A coreografia dessa dança de multidão e, curiosamente, individual. Centenas de dançarinos, ao som da mesma música excitante, dançam de maneira diversificada. A presença do frevo nos salões, nos clubes carnavalescos é posterior a 1917. No carnaval carioca ele surgiu, pela primeira vez, em 1935 com a exibição do famoso grupo intitulado "Vassourinhas". O sucesso foi imediato.
O Brasil é um país de grandes folguedos populares, muitos já tradicionais, e o carnaval tornou um negócio que movimenta milhões de dólares e reais, além de dar emprego a um grande número de pessoas durante o ano todo.
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