Alfred Nobel foi o inventor do dinamite (explosivo)
Alfred Nobel nasceu em 21 de outubro de 1833, em Estocolmo. Sua família era muito pobre. Seu pai, um modesto agricultor, resolveu tentar a sorte e foi estudar engenharia militar onde se saiu muito bem. Seu brilhantismo chamou a atenção do governo russo que o convidou para trabalhar na construção de engenhos militares e dirigir a abertura de novas estradas estratégicas. O velho Nobel aceitou e partiu para a Rússia com toda a família: mulher e os filhos Robert, Ludwig e Alfred.
Na Rússia, em pouco tempo a família passou a ser proprietária de diversas jazidas petrolíferas em Baku, ao sul daquele país. Com ótimas condições financeiras, seus filhos puderam ser educados por professores particulares.
Não demorou muito para que o velho Imanuel Nobel percebesse o grande talento do filho Alfred e o mandou estudar um ano nos Estados Unidos, onde trabalhou com um engenheiro sueco chamado Johan Ericson.
Ao voltar para a Rússia, Alfred já era um inventor de renome e com muita capacidade para dirigir a exploração de petróleo em Baku. Mas, no fundo, não era isso que ele queria; sua ambição era fazer experiências com explosivos, que eram pouco conhecidos.
Passado algum tempo a família toda regressa à Suécia. O sonho de Alfred finalmente vai se realizar. Juntamente com seu pai Imanuel monta um pequeno, mas muito bem equipado laboratório de pesquisas em Helemborg, perto de Estocolmo. Ali começam a trabalhar num novo líquido perigoso, capaz de explodir com um simples aumento do calor ou à menor agitação. Tratava-se da nitroglicerina.
Em pouco tempo de pesquisa Alfred descobriu um jeito eficaz de provocar a detonação dessa substância. Mas teve de pagar um alto e trágico preço pelas experiências; uma explosão mandou para os ares todo o laboratório; várias pessoas morreram, entre elas um irmão de Alfred. Por causa do acidente, seu pai teve um ataque apoplético que o deixaria paralisado pelo resto da vida.
Sem a ajuda do pai, que em tudo o apoiava, Alfred continuou seu trabalho de pesquisa e instalou fábricas de nitroglicerina na Alemanha e Noruega. Mas os acidentes não cessaram; a fábrica da Alemanha pegou fogo; um navio explodiu no Canal de panamá; outras explosões também ocorreram nos Estados Unidos e na Austrália.
Em virtude dos constantes acidentes, os governos ficaram preocupados e foram obrigados a tomar providências para prevenir novas tragédias. A Bélgica e a França proibiram a fabricação de nitroglicerina em seus territórios; a Suécia impediu seu transporte e a Inglaterra restringiu severamente sua utilização. Parecia que tudo estava perdido para Alfred. Mas, finalmente entre 1866 e 1867, descobriu que acrescentando certas substâncias absorventes á nitroglicerina seria possível armazená-la e transportá-la sem riscos. A nitroglicerina só explodiria com o uso de um detonador especial. Estava criada a poderosa arma à qual Alfred batizou com o nome de dinamite - palavra originária do grego "dynamis", que significa força. O povo passou a chamá-la de "pólvora segura de Nobel".
Com o grande sucesso advindo de sua invenção, Alfred pode então multiplicar suas fábricas pelo mundo. Já em 1875, é dono de diversos centros produtores de dinamite em todos os países na Europa e nos Estados Unidos.
Seus trabalhos de pesquisa continuaram e logo descobriu uma nova pólvora não fumarenta, derivada da nitroglicerina á qual de o nome de "balistite". O novo invento foi patenteado em 1887 e logo passou a ser utilizado pala maioria dos países para fins militares. Isso deixou Nobel preocupado, pois sabia que a balistite não ajudaria acabar com as guerras; muito pelo contrário, as alimentaria. Já era um homem riquíssimo e muito respeitado, mas também solidário e pessimista.
Foi movido por estes sentimentos que Alfred Nobel decidiu gastar parte de sua fortuna financiando movimentos pacifistas.
Alfred nunca se casou e faleceu em 10 de dezembro de 1896. Em seu testamento determinou que, após a sua morte, uma fundação patrocinasse, anualmente, com juros do seu imenso capital, a entrega de cinco prêmios: física, química, medicina e literatura, além de um especial, a quem contribuísse de maneira mais notável para a paz entre os homens.
Quem escolhe os premiados de física, química, medicina e literatura são várias entidades científicas suecas; a decisão sobre o Prêmio Nobel da Paz, no entanto, cabe a uma comissão de cinco pessoas indicadas pelo parlamento Norueguês.
O Banco real da Suécia instituiu o Prêmio de Economia, mas, nos escritos deixados por Alfred Nobel, não existe nenhuma menção a esse respeito. Todos os anos acontecem protestos de diversos cientistas e intelectuais sobre a legitimidade desse prêmio. Ele tem servido para dar grandiosidade às especulações financeiras e, portanto, é uma oposição às verdadeiras e legítimas intenções de Alfred Nobel.
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