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terça-feira, 19 de novembro de 2019

SOMOS INIMIGOS DE NÓS MESMOS?

Urso polar com fome e à beira da extinção. 




Animais com sérios riscos de extinção. 

 

                 O desafio ambiental é o principal problema com o qual a humanidade se defronta. A fome pode levar o mundo a ferozes conflitos étnicos internacionais e já está provocando grandes migrações que implicam em graves efeitos desestabilizantes na política e na economia mundial. 
               A superpopulação mundial precisa de muito alimento. Assim, destroem-se as florestas para plantações industriais e pastagens para o gado e outros animais de corte. Além disso, a forma de vida que incentiva o consumismo, só visa o lucro rápido e fácil. Mas as consequências já estão aparecendo e são dramáticas; segundo os cientistas são irreversíveis tanto para a humanidade como para o ecossistema. 
                Nas últimas três décadas  foram sendo registrados aquecimentos crescentes de toda a superfície da  Terra. Isso não acontecia até 1850. No Hemisfério Norte o período mais quente dos últimos 800 anos aconteceu entre 1983 e 2012, data dos últimos cálculos científicos. No período de 1880 a 2012 o aquecimento médio global combinado da "Terra e os Oceanos" foide 0,85 graus Célsius. 
               O problema fica mais evidenciado na Groenlândia e na Antártica, cujo aumento no nível do mar foi de 19 centímetros no período de 1991 a 2012. É um número bem maior do que o registrado nos últimos dois milênios. 
                 O relatório dos pesquisadores indica, também, que está havendo uma acidificação dos oceanos em 26%, comprometendo todo aquele ecossistema; isso aconteceu por causa da apreensão de gás carbônico da atmosfera. 
                  No período de 2000 a 2010, para gerar energia se queimou muito combustível fóssil e eles foram responsáveis por 47% de toda a emissão global de gases e criaram o efeito estufa artificial que já não estamos conseguindo controlar. O planeta está se tornando uma estufa insuportável.
                As embalagens plásticas utilizadas pela indústria para vender seus produtos, aliado à irresponsabilidade dos consumidores, está criando um vilão incontrolável. Bilhões de embalagens descartáveis, garrafas plasticas e outros produtos são despejados diariamente nos rios e córregos em todo o mundo. A água, que é um produto natural, é vendido em bilhões de garrafas de plastico. Todo esse material caminha para os oceanos, acidificando e plastificando suas águas. 
               A sociedade civil desempenha um importante papel na modificação do modo de pensar das pessoas e no exercício de pressão política em benefício da ecologia. 
             É preciso que cada um se conscientize de que também é culpado pelo desequilíbrio ambiental e responsável pelo nosso próprio futuro e o de nossos filhos. 
               A dura realidade da pobreza realça o fato de que a quantidade de produção de riqueza pelas nações está se mostrando insuficiente para atender ao crescimento desenfreado da população humana. 
            Há um limite para o crescimento econômico que já foi ultrapassado há muito tempo. O mundo não pode continuar crescendo indefinidamente para garantir trabalho a todos os novos habitantes da terra. Apesar disso, nada está sendo feito de concreto para diminuir o número de nascimentos, principalmente entre as classes menos favorecidas e desorientadas. Não se trata de controle de natalidade, mas de orientação educacional e planejamento familiar sério. É desumano não conscientizar com educação que realmente mostre o que está acontecendo. A continuar com está, infelizmente, só a fome irá unir o planeta na busca de uma solução. 
              Nos últimos cinquenta anos o mundo civilizado viveu o glorioso ciclo do consumismo, permitindo o incremento do comércio internacional e o avanço tecnológico. Os governos não se preocuparam se este modelo ampliaria a emissão excessiva de CO2. Ao contrário, a economia buscava acelerar o ritmo de crescimento, destruindo a natureza para produzir bens supérfluos e alimentos para quem pudesse pagar. 
              Silenciosamente, o mercado de capitais abandonou sua legítima função de auxiliar o setor produtivo para substituí-lo. Os Estados Unidos e a Europa se preocuparam em produzir capitais fictícios, em cima da criatividade de papéis no mercado, enquanto países em desenvolvimento como a China e a Índia produziram uma enxurrada de quinquilharias sem o menor compromisso com a sustentabilidade. O Brasil dedicou-se a destruição de suas florestas para exportar alimentos e produtos de mineração extrativa. Grande parte de nossas florestas foi destruída para dar lugar a pastagens e hidrelétricas. Cabe aqui lembrar que o gado é um dos maiores emissores de gases prejudiciais à camada de ozônio, que provocam o aumento do efeito estufa. 
             A fome e o sofrimento dos menos favorecidos já estão anunciados. A escassez do petróleo fácil, combinada a uma alta de preços dos alimentos e o aumento da população mundial, estimada em mais de oito bilhões de pessoas na metade deste século, com média de 75 anos de expectativa de vida, inevitavelmente levará o mundo à incontrolável fome. Agora, mais do que nunca, as pessoas estão deixando a zona rural e imigrando para os centros urbanos. O simples fato de não poder transportar petróleo e alimentos para as cidades, em poucos dias, resultarão na fome e consequente morte da população. Esta situação irá estabelecer uma nova forma de economia. O aquecimento global provocará grandes perdas de safras. O setor produtivo será compelido a se adaptar a uma nova matriz energética e certamente a agricultura privilegiará os pequenos produtores rurais e seus métodos de cultura mais sustentáveis. Mas, a produção de alimentos não se ampliará. 
               A humanidade se encontra em nova esfera de conhecimento e precisa urgentemente transformar países em sociedades "bio civilizadas". O caminho será a redução do consumo de energia por meio de uma mudança radical nos padrões de consumo e de estilo de vida; melhoria da eficiência energética e substituição dos combustíveis fósseis pelas energias solar, eólica, marinha e biomassa. 
                  Se quisermos nos salvar, precisamos salvar o nosso planeta. Esse deve ser o desafio comum a todos os governos, ás comunidades econômicas e à sociedade civil e científica. Só o Estado pode impor o respeito às normas e aos padrões ecologicamente corretos, sem os quais as tentativas de se enfrentar as mudanças climáticas serão inúteis. 
               Os criminosos ambientais são beneficiados por brandas leis que nunca punem. É preciso rigor e seriedade para que realmente cumpram as penas a que foram condenados. O que hoje vemos são criminosos livres que impunemente continuam praticando os mesmos crimes ambientais pelos quais já foram condenados várias vezes. 
             Ainda há tempo, mas precisamos agir logo. Poderemos ser salvos se levarmos a cabo as mudanças que nos conduzirão a uma sociedade mais durável do ponto de vista ambiental, econômico e social. Mas, se não seguirmos a cartilha da sustentabilidade e de modo urgente, correremos o risco de sermos os responsáveis pela nossa própria extinção. 
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