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sábado, 16 de novembro de 2019

OS PRIMEIROS GRANDES LIVROS



              A narrativa mais antiga que se conhece chama-se "O Marinheiro Náufrago"; foi escrito cerca de 2500 anos antes de Cristo. Ao que tudo indica, a lenda de "Simbad o Marinheiro, foi inspirada ou retirada deste livro. Mas os mais antigos dos verdadeiros livros são a "Ilíada" e a "Odisseia" que se supõe terem sido compostas por um poeta grego chamado Homero, de 8700 a 1000 anos antes da nossa era. Acredita-se que ele fez um agrupamento de seus trabalhos e também de outros poetas; é certo que os grandes poemas que têm o seu nome não foram escritos por um único poeta. Virgílio, o maior dos poetas romanos, nasceu - exatamente - 70 anos antes de Cristo, e a sua obra mais célebre é a "Eneida". Estas três obras foram os primeiros grande livros. 
              Antes de analisarmos a história da "Ilíada", é preciso conhecer o verdadeiro sentido deste nome. "Ilíada" é a forma portuguesada de uma palavra grega que quer dizer "a respeito de Ilion", e Ilion era o nome de uma cidade que havia na costa de Ásia Menor. Em português costuma-se chamar esta cidade de Troia, e ao país de que era capital Troada; os gregos, porém, conheciam-na por Lion. Seus habitantes chamavam-se troianos. A Ilíada", que foi composta por Homero, o mais antigo poeta grego há quase três mil anos, conta-nos a história de uma grande guerra que os gregos empreenderam contra os troianos, mas não é fácil definir, no poema, o que é verdadeiro e o que é fantasiado pelo poeta; essas duas coisas encontram-se ali misturadas e de difícil separação. 

A guerra por uma rainha
            O rei de Troia chamava-se Príamo, e sua mulher Hecuba. Dos seus muitos filhos, Heitor era celebre pela valentia, e Páris pela beleza. Aconteceu que Páris foi mandado xomo embaixador a Menelau, rei de Esparta, na Grécia. Este rei era casado com Helena, mulher de extrema formosura, considerada a mais bela mulher da Grécia. Quando chegou a Esparta, o rei estava ausente, e Páris foi desleal para com ele. Aproveitou-se da sua ausência e raptou Helena de seu marido, levando-a para Troia. 
             A Grécia, que é um país de muitas ilhas, n~]ao estava unida por um único rei e era governada por muitos senhores e príncipes que não dependiam uns dos outros. Por essa razão, quando Menelau, rei de Esparta, descobriu que lhe tinham raptado sua bela rainha, convocou uma grande reunião dos mpríncipes, e o seu próprio irmão Agamenon foi eleito "soberano senhor de todos os gregos" e chefe deles em uma guerra contra os troianos para resgatar Helena. Quando houve o casamento de Helena e Menelau, os príncipes gregos tinham prometido defender a formosa Helena se alguma vez isso fosse preciso.
               Em seguida história conta-nos como os gregos se prepararam para a guerra, como foi passada a revista ao exército, e como se aprontaram os barcos para o transporte dos soldados. Fala também dos muitos guerreiros célebres que iam tomar parte na guerra. Entre todos o primeiros era Aquiles, o mais valente dos gregos; e havia também o Ulysses, o mais atilado; ao passo que Nestor era o mais velho e o mais experiente de todos. 
                Quando tudo estava pronto, o grande  exército navegou para Troia, e, desembarcando na costa, logo cercou a cidade. Dez longos anos durou esse cerco; houve batalha após batalha, e também combates singulares entre os chefes, mas nenhuma vitória foi decisiva. 
                Já havia decorrido nove anos quando começaram dissenções entre os próprios gregos. Surgiu, então, uma grande questão entre Agamenon e Aquiles a propósito de uma coisa insignificante - por uma escravo - que tinha sido dado a Aquiles, ter sido levado por Agamenon. Como resultado desta questão Aquiles retirou-se de sua tenda e não quis mais apoiar Agamenon em nenhuma das escaramuças que a seguir se deram entre gregos e troianos. Tomando coragem, porque Aquiles já não aparecia a combater, os troianos começaram a apertar os sitiantes. Receando que os troianos pudessem chegar mesmo à vitória, o nobre grego Patrocio, o amigo mais querido de Aquiles, envergou a armadura daquele grande guerreiro, e mais uma vez comandou os gregos  contra os troianos. Fê-los recolher-se novamente à cidade, mas foi mortalmente ferido. 
              Aquiles ficou inconformado com a morte de seu querido amigo. Agora, mas do que nunca, tinha motivações para fazer a guerra ao inimigo que mantou Patrocio. Envergando uma nova armadura, que Vulcano fizera para ele, sai para vingar a morte de seu amigo e defronta-se com Heitor, o mais bravo soldado de Troia. Dá-se então o maior combate desta longa guerra. Heitor foi logo abatido por Aquiles. Cheio de cólera, amarra o cadáver do príncipe triano ao seu carro e com ele desfila arrastando-o três vezes em volta da cidade antes de entregá-lo a seu pai, que o transporta para dentro dos muros de Troia, onde o herói morto é pranteado por seu pai, Hecuba, sua mãe, Andromacha, sua mulher, pela cativa Helena, e por todos os habitantes da cidade. Grandes exéquias são feitas ao herói troiano: 
                "Praticai, troianos, o que os ritos fúnebres pedem, abatei as florestas para lhe erguer uma pira. Durante doze dias, não temei nem inimigos nem surpresas"; Aquiles concede estas honras ao morto. 
             Assim manda Príamo, o rei, e com uma breve descrição das honras fúnebres prestadas ao herói morto, finaliza o grande poema que tem sido o modelo de quantas epopeias do tipo clássico se escreveram no mundo entre as quais se salienta a "Eneida" de Virgílio e os "Lusíadas" de camões. 
              Não foi este, é claro, o fim da guerra. O objeto principal do poema é a ação de Aquiles durante o cerco e não a história completa da guerra. 

As estranhas aventuras de Ulysses
              Depois da guerra de Troia os gregos regressaram à pátria, mas Ulysses estava fadado para viajar muitos anos antes de voltar a ela, e a "Odisseia" contém as histórias das suas aventuras durante esses anos. O nome grego de Ulysses é "Odisseu", e portanto,m a palavra "Odisseia" que dizer respeito de "Odisseu". 
              Quando os gregos largaram da costa da Ásia menor para voltar às suas formosas terras, nenhum dos príncipes tinha mais empenho de regressar à pátria do que o esperto e valoroso Ulysses. Mas, apesar de todos os esforços dos seus marinheiros, ventos contrários levaram as suas naus para longe das ilhas da Grécia. 
               Em casa sua mulher, Penélope, e seu filho Telêmaco, estavam à sua espera, mas tiveram que esperar durante dez longos anos depois da guerra de Troia, e durante esses anos o viajante teve vinte aventuras. Podemos mencionar aqui apenas algumas delas. 
             Em vez de serem levados na direção da Grécia, os navios de Ulysses foram arrastados pela costa da Ásia Menor, e, apertados pela fome, os seus homens viram-se obrigados a desembarcar e atacar os habitantes duma pequena vila, que fugiam diante deles. Os gregos, tendo bastante o que comer e beber, começaram a divertir-se. No entanto, os habitantes voltaram e atacaram-nos, matando mais da metade dos soldados que tinham desembarcado. Os outros, com muita dificuldade, conseguiram chegar aos seus navios. 
            Ulysses e aqueles seus homens que haviam escapado desembarcaram depois na ilha que hoje chamamos de Sicília, e por ali ficaram até chegarem a uma grande caverna. Nessa caverna havia grandes talhas de leite, e o lugar tinha outros sinais de ser habitado. Era, na verdade, a casa de um daqueles gigantes fabulosos que, como os deuses e as deusas destes contos antigos, existiam apenas na imaginação do povo daquele tempo. O gigante chamado Polyphemo, e monstro mais feio ou mais cruel seria difícil de imaginar. Tinha só um olho no meio da testa. Era o chefe de uma raça de gigantes chamados ciclopes que, como ele, tinham apenas um olho no meio da testa. 
             Nesta tarde, Ulysses e os seus ficaram à espera na caverna quando o gigante chegou, levando diante de si um rebanho de carneiros gigantes, e arrastando até chegar à entrada da caverna, uma pedra tão grande que nem vinte homens poderiam movê-la. Imediatamente Ulysses aproximou-se dele e, oferecendo-lhe um odre de vinho, pediu misericórdia para si e para os seus companheiros. O gigante bebeu o vinho e gostou muito dele. Prometeu a Ulysses uma dádiva em troca da sua; mas, como logo a seguir tratou de comer dois gregos, ficou bem claro que não havia misericórdia a esperar daquele monstro. 
                Polyphemo pede, então, a Ulysses que lhe diga o seu nome; mas o príncipe é esperto demais para que lhe diga quem é, e assim responde: - Ninguém é o meu nome. Desde a infância que o tenho, e por ele me tratam meus pais e meus amigos". 
               E o gigante diz: 
                -"Bem, recebe então a dádiva prometida, o bem te faz a minha hospitalidade. Quando todos os teus tiverem sentido a minha força, Ninguém será o último que comerei". 
             Passaram dois dias de terror, e cada dia o gigante comeu depois homens da comitiva de Ulysses, antes que o príncipe astuto descubra uma maneira de escapar. À sétima noite, quando Polyphemo está estendido a dormir profundamente no chão, Ulysses aguça um grande pau e, ajudado pelos seus homens, enfia-o no olho do gigante, cujos rugidos de dor acordaram outros habitantes fabulosos da ilha, mas esses não podem entrar por causa da pedra que lhe veda o acesso. Por isso gritam de fora ao seu chefe, perguntado que o está ferindo, que de lá de dentro responde:  - "Amigos, Ninguém está me matando; Ninguém, na hora do meu sono, me oprime com um poder feito de astúcia".
             A a isto respondem seus fiéis companheiros: 
              -" Se ninguém o magoa, a não ser a mão divina, não tens remédio senão resignar-te".
             E vão embora deixando-o só.
             Mas nem todos os gregos juntos são capazes de afastar a pedra que bloqueia a entrada, e por isso terão de esperar até à madrugada, quando o gigante, agora cego, empurra a pedra para o lado para que o rebanho dos seus grandes carneiros possa sair. Ele próprio senta-se à entrada para evitar que os gregos fujam. Mas Ulysses, com sua astúcia, já tinha previsto isto, e fez que cada um dos seus homens fosse atado à barriga dum caneiro, de modo que os animais, ao passarem a porta, levassem todos os gregos para fora. Ulysses e os tripulantes escapam para os seus navios, e assim acaba a terceira das suas maravilhosas aventuras. 
                 Uma aventura, ainda mais extravagante sucede aos gregos quando, no decureso de sua peregrinação, caem nas mãos de uma feiticeira chamada Circe, que lhes dá a beber um vinho que os converte em animais. Mas Ulysses é astuto demais para cair em qualquer armadilha, e recusa-se a beber o vinho. Ainda bem que não o fez, porque a sua astúcia faz com que a feiticeira tenha admiração por ele, e por sua causa faz voltar os companheiros do herói às suas formas normais. 
                 Muitas das aventuras de Ulysses são cheias de significado, e ensinam-nos muitas coisas, se nós as quisermos aprender. Uma das mais interessantes é a aventura das sereias, donzelas formosíssimas que, sentadas ao longo da costa, cantam com tal suavidade que tentam os marinheiros a vir á terra. Mas estas sereias são, na realidade, fúrias que matam os homens que atraem à terra, e espalham seus ossos ao longo da costa. Aqui, mais uma vez, foi a astúcia e previsão de Ulysses que salvou os tripulantes. Ele pôs cera nos ouvidos dos marinheiros, para que não pudessem ouvir o canto das sereias, e assim passar sem perigo pela costa onde elas estavam. 
              A aventura seguinte é a de navegar entre um rochedo chamado Scylla e um terrível redemoinho chamado Charybdes, o que Ulysses conseguiu fazer. Mas temos que pôr fim a estas aventuras e mostrar Ulysses desembarcando são e salvo nas costas áridas da Ithaca, a ilha de que era rei. 
          Passaram-se vinte anos desde que Ulysses partiu para guerrear contra os troianos, e durante todo esse tempo, sua mulher Penélope, célebre por sua beleza e bondade, ficou aguardando pacientemente pela volta do amado marido. Muitos outros homens, ansiosos para casar com ela, vinham ter ao palácio, dizendo: "Ullysses morreu; se não já teria voltado".  
        Mas ela a todos recusou dizendo que só tornaria a casar quando tivesse fiado uma mortalha; para nunca concluir seu trabalho, ela tecia durante o dia e á noite desfazia todo o trabalho. E dessa forma a mortalha nunca ficava pronta. 
               Quando finalmente Ulysses voltou ao palácio, ali estavam alguns dos príncipes pretendentes ao casamento com Penélope. Salvo sua velha ama e seu cão, já ninguém mais  conhecia o rei que tanto tinha mudado nos vinte anos de ausência. mas Ulisses disse quem era a seu filho Telêmaco, e juntos mataram os príncipes que tinham estado a apoquentar Penélope Só então procurou sua mulher que, a princípio, mal podia acreditar que seu marido voltara, e ficou cheia de alegria ao ver seu senhor novamente a seu lado, são e salvo. 

O cão de Ulysses
             Em muitas histórias Ulysses foi chamado de Odisseu e esta é uma história sobre seu fiel cão, o único que nunca o esqueceu mesmo. 
               Antes de Udiseu (Ulysses) partir de sua casa para lutar nas guerras de Troia, nasceu um cãozinho que cresceu e se tornou um grande e lindo galgo. Odisseu adora seu belo cão, deu-lhe o nome de Argus, e seu amor era muito bem retribuído pelo animal. O cão ladrava e mostrava-se muito satisfeito sempre que Odisseu chegava de algum lugar. Passava seus dias fazendo-lhe festa, abanando o rabo e mostrando seu profundo amor ao seu dono. Sempre que o herói estava em casa, passavam o tempo todo juntos. Isso aconteceu até sua partida. 
               Odisseu foi para a guerra e ficou muitos anos ausente. 
              O fiel cão ainda era jovem quando Odisseu foi para a guerra que terminou após dez anos e, mesmo assim, continuou viajando durante mais dez anos. Argus envelheceu, mas nunca esqueceu seu dono e nem deixou de esperar por sua volta. 
              Quando, enfium, chegou de Ithaca estava velho e muito mudado com o sofrimento que tinha passado durante aqueles anos de luta constante. Dirigiu-se ao palácio, onde ninguém o reconheceu, mas Argus ainda estava junto ao portão á sua espera; quando viu Ulysses e ouviu sua voz, abanou o rabo e, usando suas últimas forças, foi ao seu encontro; com dificuldade, levantou a cabeça, como se quisesse despedir-se, e morreu. Esse foi o fim do mais fiel companheiro e único amigo que o reconheceu. 

O estratagema do cavalo de pau
                Quando a guerra de Troia acabou, ao fim de dez anos, com um estratagema de Ulysses. Os gregos construíram um enorme cavalo de pau, esconderam soldados lá dentro, e fingiram retirar-se para os navios. Os troianos vieram buscar o cavalo e transportá-lo para dentro da cidade. De noite os gregos voltaram, e seus amigos saíram do cavalo. e enquanto os troianos dormiam, abriram as portas da cidade. E assim foi a cidade toda tomada pelos gregos

Eneida - continuação do poema por Vigílio
                Entre os principais troianos que tomaram parte na grande guerra, havia um chamado Enéas, e quase oitocentos anos depois de Homero ter escrito aqueles grandes poemas em louvor de Aquiles e de Ulysses, surge Virgílio, o poeta latino, seguindo o estilo de Homero compondo o grande poema da "Eneida", que quer dizer "com respeito a Enéas".  O verdadeiro fim do poema era agradar ao povo latino e aos seus senhores, mostrando como os seus reis descendiam deste grande príncipe troiano, a história de cuja vida já cessara de ser verídica, e se converter, na sua maior parte, em pura fábula. 
                Vamos entender agora como foi que os gregos conseguiram destruir a cidade de Ilion, ou Troia. Também foi devido à astúcia mde Ulysses que o grande cerco acabou com uma vitória. Foi ele que fez com que se construísse um enorme cavalo de madeira, dentro do qual foram escondidos um certo número de soldados gregos. Esta esquisitíssima estrutura foi rodada até as portas de Troia e deixada ali, como se fosse um presente. Depois, todos os soldados voltaram aos seus barcos e fingiram remar para longe, como se fossem embora, fartos de tanta guerra. 
              A curiosidade dos troianos diante de tão estranha estrutura de madeira, foi irresistível. Por isso saíram, e com muito cuidado, puxaram o cavalo de madeira para dentro dos muros da cidade. De noite os soldados gregos, que estavam lá dentro, saíram e apanharam os troianos de surpresa; ao mesmo tempo que a maioria do exército, que tinha fingido afastar-se, volta e ataca a cidade. Em pouco tempo Troia estava em chamas, e os seus habitantes mortos ou em fuga. A bela Helena , causa de toda esta guerra, foi restituída a Menelau, seu marido, e assim acabou o famoso cerco. 
               A história de "Eneida" não começa por nos contar isto, mas abre com a descrição do terrível temporal que apanha a frota de Enéas que, depois da queda de Troia, de onde tinha conseguido escapar, levando o pai às costas, mas perdendo a mulher, tinha reunido muitos homens e com eles havia embarcado, dirigindo-se, ao fim de sete anos, para as costas da Itália. 
                Neste grande temporal muitas das naus naufragaram, mas a sua e mais seis outras chegaram salvas a um porto da África, e ele encontra-se na rica e maravilhosa região de Cartago, cuja rainha, a formosa Dido, conta a história da queda de Troia e do cavalo de madeira. Descreve as várias viagens que fez depois da sua fugas e até a sua chegada a Cartago. Dido apaixona-se pelo nobre príncipe e quer casar com ele, mas avisam-no que deve abandonar Cartago, e não há súplicas da rainha que o façam desistir. Cheia de desespero, ela acaba matando-se. 
             Depois de seguir para a Sicília, onde celebra a memória do seu pai, supõe-se que ele visitara os campos Elísios, para onde os antigos julgavam que as almas iam depois da morte; ali encontra o pai, que lhe mostra a raça de heróis que descenderá de Enéas e governará o povo latino. 
                 Eneas parte e chega à terra chamada Lácio, ou seja, a Itália, cujo rei Latino o recebe muito bem e lhe promete em casamento a sua filha única, Lavínia, herdeira do trono. Mas outro príncipe, chamado Turno, rei dos rútulos, um povo latino, também a quer para mulher, e nessa pretensão tem o apoio da mãe dela. Rebenta, portanto, uma guerra entre os troianos e rútulos, na qual há muitos combates emocionantes, e para o fim parece que os troianos virão a ser completamente derrotados na ausência de seu chefe. Mas Enéas, que recebeu um escudo feito por Vulcano, o mesmo deus da fábula que fizera a armadura de Aquiles - escudo esse onde estão representadas as glorias e os triunfos futuros do povo latino, ou romano; volta ao campo de batalha a tempo de mudar a sorte da guerra. 
                 Na última batalha de todas, combina-se um combate singular entre Enéas e Turno, mas a gente de Turno consegue ferir o príncipe troiano. Porém a mão deste, Vênus, uma das deusas em que os antigos romanos criam, prepara uma flor de "Dictamo", um medicamento maravilhoso, e o traz ao filho, envolvendo-se numa névoa escura; aplicado o remédio à ferida, logo o sangue estanca e se restauram as forças de Enéas, que volta imediatamente ao combate e obriga Turno a um duelo. A espada deste quebra-se, ele foge, e é perseguido por Enéas, que por fim o mata. 

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