Hamurábi, o primeiro rei e fundador da Babilônia (cerca de 1187 x 2232 a. C.) uniu o norte e o sul e fez de Babilônia a capital do reino.
Para evitar inundações e prover o país de água, construiu um canal gigantesco que tomou todo o seu reino, e mais tarde ficou conhecido como o Real Canal de babilônia. Criou as primeiras leis e muitos dos seus escrito ainda existem, como também algumas leis ainda são seguidas.
A seguir apresento-lhes uma pequena parte dos seus escritos que até hoje são considerados importantes para a ordem e desenvolvimento de uma nação.
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"Quando, EL, p supremo rei dos Anunaki, e Bel, senhor dos céus e da terra que fixa o destino do universo, - a Marduck, filho primogênito de Ea, divino mestre do Direito, as multidões dos homens a atribuíram entre os "igigi", o fizeram grande, em Babilônia, proclamaram seu nome augusto, o enalteceram nas regiões, lhe destinaram no coração (desta cidade) uma realeza eterna, cujos fundamentos estão firmes como céus e terra, - e eu "Hamurábi", insigne, nobre, temendo ao meu Deus - para criar justiça no país, para destruir mau e perverso, afim de que um poderoso não oprima o fraco, para aparecer como sol às cabeças negras, (os homens) para alumiar a região, El Ibel, para deleitar a carne dos homens, me chamaram! Hamurábi, o pastor, eleito, de Bel, eu mesmo! Autor perfeito do luxo e da abundância, que torna todas as coisas em Nippur, Dur-An (KI) o provedor generoso d'E-Kur, rei-herói que tornou a por a cidade de Eridu no seu primeiro estado, purificador do santuário d'E-Zu-Ab, o agressor das quatro regiões, que exalta o nome de Babel, que regozija o coração de Marduck seu senhor, que cada dia está no I'E-Sag-Gil, vergonha real que o deus Sin criou, que acumula de bens a cidade d'Uur, humilde suplicante, que trás a abundância e E-Ner-Nu-Gal, rei da sabedoria, favorito de Samas, poderoso fundador de Sippar, que cobriu de ventura o santuário d'Aya, arquiteto d'E-Babbar somente ao trono dos céus, guerreiro vingador de Larsa, renovador d'E-Babbar em honra de Samas, seu ajudante, príncipe que fez reviver Uruk, procurando águas de fertilidade para os seus habitantes, que levantou o cume do templo E-AN-Na que levou aos últimos limites o luxo em honra d'Anu e Ninni, o protetor da região que reuniu os habitantes dispersos de Nissin, que fez abundar a riqueza em E-Gal-Mah, potentado real de cidade (capital), pequeno irmão do deus Zamama, que firmou a residência de Kis, que rodeou de esplendor o templo de ME-TEUR-SAG, o decorador dos grandes santuários de Nini, o sacristão de templo de HAR-SAG-Kalama, o baluarte (em que se despedaça) o inimigo, que fez atingir o fim desejado ao seu auxiliar, que angrandeceu Kutha, ampliou todas as coisas do templo SIT-LAM, búfalo impetuoso que prostra os inimigos, o bem amado de TU-TU, que deseja por amor a Barziba, o augusto, o infatigável para E-ZI-DA, divino rei de cidade, (cvapital) sábio, inteligente, que estendeu as plantações de DIL-BAT (Ki), que acumulou os trigos para o deus IP, (deus), forte, mestre das insígnias, cetro e tiara de que ele o investiu, objeto de afeição de MAMA, que definiu o cerimonial de ajuizado, o acabado, que preparou as pastagens e os bebedouros em Sirpuria e Girsu, que tem ofewrtas magníficas para o templo dos Cinquenta, que captura os inimigos, o favorito de "Telitim", que cumpre os oráculos da cidade de Hallabi, que regozija o coração de Aninit, príncipe aufgusto, cuja prece Adad ouve, que descansa o coração de deus Adad, o guerreiro em Bit Karkara, que fez expor com gosto ornamentos em E-UD-GAL, rei que deu vida d'Adad, o prelado do templo E-MAH, príncipe real da cidade, (capital), lutador sem rival, que dá a vida à cidade de Maskan Sabri, que saciou de abundância o templo SIT-LAM, o sábio, o regedor que alcançou todos os refratários, que abrigou ops habitantes de Malkã durante a desgraça, firmou as suas moradas na abundância, - que, em Ea e em DAN-GAL-NUN-NA para sempre destinou ofertas puras porque eles exaltaram a sua soberania, príncipe real de cidade (capital) que fez dessas habitações sobre o Eufrates, quye fez parar a vista de Dagan, seu criador, que retribuiu os habitantes de Mera e de Tutul, o insigne, que fás brilhar a face de Nini, que põe comidas puras diante de NIN-A-ZU, que sacia os seus súditos durante a fome, assegurando as suas rações, baluarte de Babel em paz, pastor dos homens, servidor, cujas obras agradam a Anunni, que em E-E-UL-MAS; baluarte Nit, que instaurou a Anunit em E-Ul-Mas; baluarte d'Agané das ruas formosas, que tem ewscravisada a criadagem, que retificou o curso do Tigre, que levou o seu gênio protetor a Assur, que fez brilhar o esplendor rei que em Ninua no templo de E-DUP glorificou os nomes de Ninni, o augusto suplicante dos grandes deuses, descendente de Sumula ilu, filçho primogênito de Sin mubalit, vergonha eterna de realeza, rei poderoso, Sol de Babel, que projeta a luz sobre o país de Sumer e Accad, rei obedecido das quatro regiões, favorito de Ninni, eu próprio! Quando Marduk me investiu para governar os homens, para conduzir o Universo e para ensinar - eu instituí no país o "Direito e a Justiça, e feiz a felicidade dos povos, nesse tempo:
As leis
- Se alguém enfeitiçou um homem lançando um anathema (calúnia) sobre ele sem ter provado que fosse culpado, ele é digno da morte.
- Se alguém lançou um malefício sobre um homem sem ter provado que fosse culpado, o enfeitiçado irá ao rio e nele mergulhará.
- Se o rio o guarda, a sua casa passa àquele que lançou o malefício; se o rio o inocenta e o deixa são e salvo, o seu inimigo é digno de morte e é aquele que sofreu a prova d'água, que se apodera da casa do outro.
- Se alguém tomo de arrendamento por três anos um campo de várzea para cultivar, e se foi negligente e nada cultivou, ele om restituirá ao proprietário no quarto ano, depois de ter preparado para lavoura, estorroamento e sementeira, e ele pagará ao proprietário 10 gur de trigo por 10 gan.
- Se alguém abriu uma regueira para pagar e, por falta de atenção, ´pe causa de que o campo vizinho seja submergido, ele restituirá trigo segundo a produção do vizinho.
- Se alguém, sem permissão do proprietário cortou uma árvore num pomar, ele pagará uma meia mina de prata.
- Se alguém, tendo confiado o seu campo para ser posto de pomar, o jardineiro o plantou em pomar e tratou durante anos, no quinto ano o proprietário e o jardineiro partilharão em proporções iguais, mas o proprietário determinará ele próprio a parte que ele tomará.
- Se alguém deu seu pomar a explorar a um jardineiro, durante a exploração, o jardineiro dará dois terços do rendimento ao proprietário e tomará ele próprio um terço dele.
- Se em casa de um negociante de vinho se reúnem rebeldes e ele não os apanha para os conduzir ao palácio do governo, ele é digno de morte.
- Se uma sacerdotisa, que não mora no claustro, abre a taberna e entra para beber, será queimada.
- Se alguém tendo contraído uma dívida, vende sua escrava que lhe deu filhos, o dono da escrava restituirá ao negociante o dinheiro que ele lhe tiver pago e lhe libertará assim a sua escrava.
- Se alguém difama uma sacerdotisa ou a mulher de um homem livre sem dar a prova, será arrastado perante o juiz e ser-lhe-á raspada a testa.
- Se alguém esposar uma mulher sem um contrato, esta mulher não é esposada.
- Se a mulher de alguém for surpreendida a dormir com outro, serão amarrados juntos e deitados á água, a não ser que o marido dê quartel à sua mulher e que o rei não dê quartel ao servidor.
- Se alguém, violentando a mulher de um homem, mulher ainda virgem e vivendo em casa de seu pai, dorme com ele, se ele é apanhado, este homem é digno de morte e esta mulher será absolvida.
- Se uma mulher for amaldiçoada por seu marido, apesar de que ele não a surpreendeu a dormir com outro, ela jurará isso pelo nome de deus e voltará para sua casa na casa do seu pai.
- Se alguém quer repudiar sua mulher que não lhe deu filhos, ele lhe entregará todo o dinheiro de seu dote e lhe compensará o enxoval que ela trouxe de casa de seu pai e em seguida a repudiará.
- Se não há dote, ele lhe dará pelo repúdio uma mina de prata.
- Se se trata de nobre, ele lhe dará um terço de mina de prata.
- Se a mulher de um homem que mora na sua casa é levada a sair, semeia a separação, arruína a casa, deixa lá seu marido, far-se-á comparecer, e seu marido diz: "eu a repudio", ele a reenviará e ele irá onde ela quiser e ele não lhe dará nenhum preço de repúdio.
- Se seu marido diz: "eu não a repudio", este marido esposará outra mulher e a primeira ficará como escrava em casa dele.
- Se uma mulher detesta seu marido e lhe diz: "tu não me possuirás" as razões de sua queixa serão examinadas e se ela é dona de casa sem censura, e se seu marido, ao contrário, vive por fora e a despreza muito, esta mulher é inocente, ela retomará seu enxoval e voltará para casa de seu pai.
- Se alguém esposou uma mulher, e ela não lhe deu filhos, quando ele quiser esposar uma concubina, poderá fazê-lo; ele a introduzirá na casa, mas não lhe dará condição igual á da esposa.
- Se alguém esposou uma mulher e se ela deu uma serva a seu marido, o qual a faça mãe, quando depois essa serva entrar em disputa com a sua senhora por causa dela ter tido filhos, a sua senhora não poderá mais vendê-la; far-se-lhe-á uma marca e ela será (ré) contada entre as servas.
- Se alguém, tendo filhos da sua mulher e da sua serva, disse em vida aos filhos da serva: "vós sois meus filhos" e os contou entre os filhos da esposa, quando o pai morrer, os filhos da esposa e dos da serva dividirão entre si, em partes iguais, a fortuna mobiliária da casa paterna, mas os filhos da esposa escolherão primeiro.
- Se alguém adotou uma criança de pouca idade e a educou, e se ele mesmo funda uma família e em seguida tem filhos, e se pensa renegar o filho adotivo, este não se irá embora. Seu pai adotivo lhe dará um terço duma parte de filho sobre sua fortuna mobiliária, e então ele se irá embora. Do campo, jardim, casa, não se lhe dará nada.
- Se um filho bate no seu pai, cortar-lhe-ão as mãos.
- Se um filho fura um olho a um homem livre, furar-se-lhe-á um olho.
- Se ele fura o olho de um nobre ou quebra um membro de um nobre, pagará uma mina de prata.
- Se ele fura um olho de um escravo ou lhe quebra um membro, pagará metade do preço do escravo.
- Se alguém fere no cérebro um homem de condição superior a ele, receberá um público 60 pancadas com um nervo de boi.
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